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14 de dezembro de 2018

Mocidade Escolhe Samba de Pedro Pesquisa e Tavinho Cidade

O Samba de Parceria entre Pedro Pesquisa e Tavinho Cidade foi o escolhido pela Escola de Samba Mocidade Alegre de Olaria para o Carnaval 2019.
A dupla, que sempre está trabalhando em conjunto, também já fez uma composição memorável para o Carnaval 2011 da Olaria exaltando as "Raízes" da cultura brasileira. O samba empolgante caiu na boca do povo.
Desta vez, o samba composto por Pedro e Tavinho para a Mocidade irá abordar o imaginário infantil, desde as cantigas de roda, passando pelo mundo do circo, até à magia do Sítio do Picapau Amarelo, Turma da Mônica e Walt Disney.
A escolha do samba de enredo tinha sido marcada para o início de dezembro, mas devido ao temporal que caiu sobre a cidade, a Diretoria resolveu protelar a decisão para o dia 13/12 (ontem).
Concorriam  quatro sambas e a composição de Pedro e Tavinho saiu vencedora.

Confira abaixo a letra do Samba de Enredo para o Carnaval 2019 da Mocidade Alegre de Olaria:


"No grande palco da folia, a Mocidade vem brincar
 Na ciranda cirandinha, volta e meia vamos dar"

É brincadeira, nessa viagem o barato é viajar
Rodar ciranda e dançar a noite inteira
Dar meia volta, volta e meia vamos dar (eu quero é cantar)
Óh, Mocidade, o seu cantar enche o meu peito de esperança
Voltar no tempo, os bons tempos de criança
Não ter boletos e nem contas a pagar (eu quero é brincar)

Encantamento na mais pura poesia
Hoje o palco da folia reverencia o universo infantil
O grande circo que a todos divertiu
Um infância sonhadora e feliz
Pique na rua, descer ladeira pilotando rolimã
Viver o hoje sem pensar no amanhã
Balas e doces, viva Cosme e Damião
Papai Noel não esqueça meu presente por favor
Minha cartinha foi escrita com amor
Me comportei o ano inteiro com louvor

Toda criança quer e sempre quis
Quer brincar e estudar, ser feliz
Quer jogar bola, ter acesso à escola
Se formar e transformar esse país

Monteiro Lobato chamou
Tem festa no Sítio, vamos nessa criançada
Da Disney, o Mickey chegou com a Turma da Mônica agitando o Picapau
Emília, com seu pó de Pirlimpimpim
Me transportou prum mundo assim
De alegria que se chama Carnaval

Vamos brincar... é brincadeira

10 de dezembro de 2018

Samba de Rogerinho do Cavaco e Pedro Pesquisa é Escolhido Pela Juventude

A parceria de Rogerinho do Cavaco e Pedro Pesquisa para o Carnaval de 2019 foi o samba de enredo vencedor da escolha promovida pela Juventude de Muquiçaba no último domingo (09/12).
No próximo desfile que, de acordo com a Prefeitura de Guarapari, terá premiação para a Melhor Escola de Samba, a Juventude de Muquiçaba falará sobre a Bahia, abordando as tradições e a cultura baiana.
No dia 27 de novembro, o próprio prefeito Edson Magalhães se reuniu com representantes de quatro agremiações para definir o valor do repasse para o Carnaval de 2019 e já adiantou que haverá uma mesa julgadora que fará a escolha da Escola de Samba Campeã. O objetivo da premiação é valorizar o trabalho das escolas e engrandecer o evento que, segundo o site da Prefeitura, já é referência no Estado

Com o enredo "Bahia de Todos os Santos, a Juventude Pede Axé", o samba da dupla Rogerinho e Pedro com a participação de Armandinho do Cavaco, foi o primeiro a ser apresentado no palco do Complexo Esportivo Maurice Santos, em Muquiçaba, e empolgou tanto os foliões quanto os jurados.
Quatro sambas estavam concorrendo e teve até torcida organizada. No final, entretanto, venceu a composição de Pedro e Rogerinho.

Confira a letra do Samba 2019 da Juventude de Muquiçaba:


Bate tambor, a gira girou
Na avenida nosso canto é de fé
Bahia de todos os Santos
"Oxe, mainha", Juventude pede axé

Terra de Vera Cruz
Berço cultural do meu Brasil
Onde caravelas aportaram
O colonizador se encantou com o que viu
Índios, brancos e negros
Resultaram a miscigenação
Caminho dos Orixás
Igreja e Candomblé dão as mãos

Paguei minha promessa na Lavagem do Bonfim
Quero acarajé, vatapá e xim-xim
Toca Olodum pra "levantar poeira"
Vi Filhos de Ganchi, afoxé e capoeira

Celeiro de grandes artistas
Escritores e cantores geniais
Música, folclore, turismo
Trios elétricos sensacionais
Povo inabalável na fé
De alegria e pés no chão
Na passarela de Guarapari
Junto à Escola do meu coração
Azul, vermelho e branco vamos vestir
Dentro do peito pulsa esta paixão

8 de outubro de 2018

Henara Ataíde Fala Sobre Saída da Mocidade Alegre de Olaria e Confirma Participação na JK.

Após declarações de revolta e constrangimento numa rede social, a Porta-Bandeira Henara Ataíde, neta de Edson Germano (primeiro Mestre de Bateria da Mocidade Alegre de Olaria), concedeu-nos uma entrevista emocionada sobre sua saída da agremiação olariense.
Convidada a desfilar em 2019 pela Acadêmicos de JK, Henara falou sobre sua expectativa na escola de samba que no próximo Carnaval irá falar sobre as Mulheres Guerreiras.
Confira abaixo a entrevista:


Henara, recentemente você publicou nas redes sociais uma carta aberta falando do seu desligamento da Mocidade Alegre de Olaria. O que aconteceu?
Henara: Tudo começou a partir de uma postagem numa rede social, na página do atual Mestre-Sala da Mocidade Alegre de Olaria. Eu procurei a Mocidade logo assim que tomei conhecimento da postagem. A Diretoria então me propôs desfilar em outra posição dentro da Escola: como Segunda Porta-Bandeira. Não me importaria de forma alguma em desfilar como Segunda Porta-Bandeira se tivesse uma justificativa coerente, ou um concurso, ou até mesmo uma reunião da Diretoria com a Comunidade de Olaria, pois eu penso que a Escola pertence ao bairro. Mas, não foi assim que ocorreu... Foi uma decisão apenas da Diretoria, não levando em consideração todo o meu percurso e apoio à Escola.

: Você é neta de Edson Germano, primeiro Mestre de Bateria da agremiação e de Dinah, que já fez muitos trabalhos de costura para a escola. Trata-se de uma família tradicional na história da Mocidade. Como você reagiu ao saber da notícia de sua substituição como Porta-Bandeira?
Henara: Na verdade, eu fiquei chocada com a decisão da Escola e considerei uma falta de respeito para comigo e com minha família. Justamente por fazer parte de uma família tradicional da Mocidade Alegre de Olaria é que não aceitei a proposta.


: A sua desenvoltura na Avenida, nos desfiles carnavalescos, é o resultado de muitos anos de desfile ou é devido ao treino com alguém em especial?
Henara: No início tive sim o apoio de alguns membros da Mocidade, mas a minha desenvoltura é devido à dedicação e amor que tenho pelo samba.


: Ao longo dos anos você desfilou com fantasias muito bem elaboradas e luxuosas. Quem custeava essas fantasias?
Henara: Anteriormente, a Mocidade custeava toda a fantasia. Com o passar dos anos, no entanto, a Escola passou a custear uma parte e minha família e eu complementávamos o restante.


: Recentemente, na Feijoada da Acadêmicos de JK, soubemos que você fora convidada a desfilar pela agremiação como Porta-Bandeira ao lado de Rodrigo Mattos, seu parceiro e Mestre-Sala. Como surgiu esse convite?
Henara: Logo depois da postagem do meu antigo parceiro, o Carnavalesco da JK entrou em contato comigo e indagou se eu havia saído ou não da Mocidade. Diante da minha confirmação, estreitamos o diálogo, inclusive com o Presidente da JK e, então, meu atual parceiro e eu aceitamos o convite de braços abertos.


: Qual é a expectativa em relação à sua estreia na Acadêmicos de JK?
Henara: Na verdade estou lisonjeada! É gratificante saber que meu trabalho foi bom e está sendo reconhecido. Por isso, quero agradecer ao Presidente e ao Carnavalesco da JK por me acolherem com tanto carinho.


: A sua estreia vai ser num desfile em que a JK faz homenagem às Mulheres Guerreiras e às Rainhas do Carnaval. Você se considera uma rainha ou uma guerreira?
Henara: Uma guerreira! Minha luta é diária, como a da maioria das mulheres. Temos que lutar por direitos, por conquistas e por um futuro, buscando sempre o reconhecimento na sociedade.

: O que você espera do desfile da JK no Carnaval de 2019, considerando que você estará presente ostentando a bandeira da escola de samba de Kubistcheck?
Henara: Eu tenho certeza que será um belo desfile pois vejo o empenho do Carnavalesco, do Presidente e de todas as pessoas envolvidas e comprometidas em apresentar um grande espetáculo na avenida. Pra mim, vai ser uma honra erguer o Pavilhão da Escola na avenida. Estou ansiosa por esse dia!

23 de agosto de 2018

Mallu Santos Fará Parte do Grupo de Passistas da Jucutuquara

A Ex-Rainha de Bateria da Mocidade Alegre de Olaria, Mallu Santos, comunicou, através do seu perfil no Instagram, a sua entrada no grupo de passistas da Escola de Samba Unidos de Jucutuquara no Carnaval do ano que vem.
A moça, que recentemente inaugurou e coordenou a Ala de Passistas Furacão Azul e Branco da Mocidade Alegre no Carnaval deste ano, disse no post que já havia sido convidada diversas vezes para participar de agremiações da Capital e, dado à falta de confiança em si mesma, negou todas as vezes. "Com o tempo, eu fui me arrependendo de ter dito tanto não, e fui vendo que não é assim que as coisas acontecem, e que tudo é um processo de aprendizado", escreveu Mallu.
Ao ser convidada novamente este ano, Mallu decidiu aceitar e revelou que está muito feliz por fazer parte da Nação Jucutuquara.
"Recebi um novo convite e me dei total direito de falar sim. Sim para o meu samba; sim para a Jucutuquara; sim para o Grupo de Passistas; sim para os meus objetivos; sim para as pessoas que acreditam no meu talento... E, o mais importante: SIM PARA MIM!" Concluiu a Musa.

21 de agosto de 2018

Wallace Veiga, Carnavalesco da JK, Anuncia Planos de Desfilar no Sambão do Povo em 2019


A notícia de que a Acadêmicos de JK pretende desfilar no Sambão do Povo em 2019 foi dada pelo Carnavalesco Wallace Veiga na Festa de Lançamento do Samba de Enredo, no último domingo, no Cerimonial Porto Eventos.
Visivelmente emocionado, o carnavalesco revelou que a JK solicitou a filiação à FECAPES (Federação Capixaba de Escolas de Samba) e a Diretoria da agremiação está apenas aguardando a finalização dos trâmites legais para concluir o processo. Para tanto, Wallace conclamou a todas as co-irmãs presentes a unirem esforços para compor uma única agremiação representando Guarapari no Sambão do Povo. Estavam presentes Diretores da Juventude de Muquiçaba e da Mocidade Alegre de Olaria.
Fundada em 2017 a partir da reunião de cinco agremiações capixabas: Impérito de Fátima, Mocidade da Praia, União Jovem de Itacibá, Mocidade Serrana e Independente de Eucalipto, a FECAPES tem como proposta organizar um desfile alternativo ao desfile oficial organizado pela LIESES, com o intuito de dar oportunidade a novas agremiações no carnaval de Vitória.
A Festa de Lançamento do Samba de Enredo da JK foi, além de real sucesso, cheio de surpresas. Além de Rogerinho do Cavaco, autor do samba em parceria com Julio Braga, a carismática cantora de Campos Cris Raquel levantou o público com seu vozeirão ao cantar sambas já consagrados.
A outra surpresa foi o retorno de Luciana Marques ao posto de Rainha de Bateria. Embora esteja se recuperando de uma lesão no metatarso direito, Luciana não se fez de rogada e, mesmo com os movimentos limitados pela bota ortopédica, sambou com garra e desenvoltura. Oficialmente coroada diante de todo o público que a aplaudiu, a atual Musa da Juventude de Muquiçaba é também Musa da Ururau da Lapa, tradicional escola de samba de Campos dos Goytacazes.
Em 2019, a Acadêmicos de JK levará para a avenida o enredo "Mulheres Guerreiras, Rainhas do Meu Carnaval" com o samba de Rogerinho e Julio Braga, cuja letra disponibilizamos abaixo:



CARNAVAL GUARAPARI 2019
ENREDO: MULHERES GUERREIRAS, RAINHAS DO MEU CARNAVAL

Sou JK, vou exaltar
As estrelas de um brilho divinal
São mulheres, são guerreiras
Lindas rainhas deste nosso carnaval

Nas arenas greco-romanas
Assim foi onde tudo começou
As primeiras gladiadoras lutavam com destemor
Gritos de liberdade ecoavam pelo ar
Luta, sobrevivência
A africana sempre estava a guerrear

Indias, muita força para curar
Beleza, charme que seduz
Elas dançam e cantam para chamar
Chuva bendita deste céu de tanta luz

Hoje ganhou seu espaço
Venceu as batalhas com galhardia
Ainda na luta incessante
Contra o preconceito, cruel tirania
Elas, que do fogo nasceram, na terra floresceram
Com as bênçãos de Deus
Seguem o exemplo de mamãe Oxum
Maria abençoe os filhos seus



28 de julho de 2018

Vanessa Loyola, a Cantora de Voz Doce e Suave, é Destaque em Guarapari

Pisciana e dona de uma deliciosa voz doce e suave, Vanessa Loyola, a cantora que além de ensinar música e amar a Bossa Nova, foi uma das atrações do Projeto Esquina da Cultura em Guarapari por duas vezes consecutivas. Completando neste ano 10 anos de carreira como cantora, Vanessa nos concedeu uma entrevista emocionada, falou sobre a sua experiência no Programa Super Star e como tem amadurecido ao longo dos anos, inclusive vencendo a timidez. Sob o lema de que o artista precisa cantar verdadeiramente o que o representa, a cantora revela que é possível viver da música ainda que os artistas encontrem dificuldades no mercado em Guarapari.
Confira abaixo a entrevista da Cantora de Voz Doce e Suave Vanessa Loyola...


Como foi a descoberta de sua veia artística para o canto?
Eu compreendi que gostava de cantar já na infância, no ambiente religioso da igreja. Eu tive aulas de piano muito cedo, aos cinco anos de idade e, durante o curso que durou um longo tempo da minha vida, aprendi a cantar, pois o canto faz parte do conteúdo do piano erudito ou popular. Profissionalmente, comecei há 10 anos. Antes, eu cantava debaixo do chuveiro (risadas) ou em rodinhas de amigos, e enquanto frequentava um restaurante na Praia do Morro chamado Dom, comecei a dar "canjas" a pedido dos amigos e um belo dia a dona do restaurante me convidou a fazer um show. Na época, apareceu o Artur, que se tornou um grande amigo e gostava de tudo o que eu gosto: MPB, Bossa Nova, Rock in Roll, Blues e Jazz e ele começou a me acompanhar. Daí pra frente, não parei mais.


Como você define o seu repertório? O que cantar ou quando cantar?
Eu seleciono a partir do perfil do evento... Quando o evento exige um repertório mais suave ou mais leve, ainda que caminhe da MPB ao Rock in Roll de forma mais sutil, com voz e violão, eu canto ao lado de Chryso Rocha. Quando o evento pede algo mais para cima, como um Pop Rock, com pegada boa para dançar, eu convido o Raony ou Juninho Vieira.

E a emoção de ver o público vibrando e cantando contigo tal como aconteceu na Segunda Edição da Esquina da Cultura?
É maravilhoso ver as pessoas felizes quando estamos no palco. É incrível a sensação de estar me sentindo querida pelas pessoas! Eu adoro estar no palco. Eu sou educadora musical há mais de 20 anos e neste ano estou completando 10 anos de carreira como cantora, mas no início eu era muito tímida e, tanto eu mesma, quanto as pessoas que me conhecem, sentimos essa enorme diferença entre aquela época e atualmente. Todavia eu sempre acho que preciso melhorar mais. Eu assisto aos meus vídeos, faço anotações dos meus erros e acertos e estou sempre buscando melhorar cada vez mais.

A fama é alguma coisa que a incomoda ou você prefere levar uma vida mais reservada a estar em evidência?
Boa pergunta... Na verdade, eu tenho uma vida social mais discreta, mais caseira. Acho que por conta da idade, me tornei um tanto reservada. Mesmo quando saio para prestigiar os meus amigos, gosto de ficar no meu cantinho. Mas, quando estou num show, por exemplo, eu estou ali inteira: não é o "meu" momento, ou momento de discrição. É o momento em que preciso dividir minha energia com as pessoas. Eu tenho consciência de que sou conhecida e que faz parte do processo cumprimentar e conversar com as pessoas, abraçar e agradecer a todos quando termina um show. Então, eu entendo que é preciso crescer dentro da minha cidade. É aqui, onde eu moro e cresci, que eu tenho que me fazer conhecer... É aqui em Guarapari que eu tenho que selecionar e conquistar o meu público para depois partir para outras cidades e outros Estados e depois outros países.

Em 2014 você participou da primeira edição do Programa Super Star, da Rede Globo a convite de Maria Fernanda, da Banda Mary Di. Como foi a primeira experiência com a fama?
Nós sentimos a reação do público da Maria Fernanda assim que chegamos, pois foi uma coisa bombástica. Muitos ficaram felizes de nos ver no Super Star, pois ninguém sabia que estávamos participando do Programa. As pessoas sondavam e comentavam muitas coisas... Na verdade, nós ficamos sem saber como lidar com toda a repercussão assim que voltamos. Tinha o lado bom de tudo isso, com comentários de pessoas carinhosas, mas também havia o lado ruim, né. Isso foi para mim um divisor de águas. Embora o projeto não fosse meu, eu vesti a camisa junto com a Fernanda e sentia tudo com ela, tanto os elogios quanto as críticas. E, foi nesse momento que refleti: "será que é isso mesmo..? Devo seguir em frente..?" Mas, logo depois as coisas se acalmaram e toda a euforia das pessoas passou. É preciso aprender a lidar com isso.

Na Esquina da Cultura você citou que tem preferência pela Bossa Nova, mas nos shows e nas suas apresentações percebe-se que você é uma cantora eclética, pois canta de tudo um pouco.
Eu canto tudo o que me representa... Tudo o que tenho de influência ou o que faz parte do meu processo de aprendizado durante a vida, ponho no meu repertório. No início da minha carreira incluía muitas coisas para tentar agradar a todo tipo de público. Mas, logo me senti cobrada por mim mesma quanto a isso... Me perguntava: "estou cantando o que eu sinto, ou o que as pessoas querem ouvir?" Ao longo dos anos, passei a selecionar o meu repertório, pois a música precisa ser interpretada de forma verdadeira. Quando você canta algo que não o representa, aquela verdade deixa de ser passada e isso compromete o resultado do trabalho. Então, fiz uma escolha: cantar as coisas que me representam: MPB, a Bossa Nova, o Jazz , o Blues e o Rock in Roll. Mas, também tenho um "pezinho" no Pop. Há outros estilos que respeito, mas as pessoas vão ao meu show sabendo o que ouvirão.

É fácil conciliar o trabalho nos palcos com a vida particular ao lado do seu companheiro? 
Pergunta interessante... As pessoas indagam se o Argus e eu nos damos bem e se ele também é músico. Nós estamos juntos há sete anos e, além de ser meu noivo, ele se apaixonou pelo meu mundo, embora não seja músico. Foi isso o que aconteceu: ele veio e começou a agregar ao meu trabalho. Ele é muito compreensivo em relação a todos os aspectos da minha profissão, tanto como professora quanto cantora. O Argus é o meu braço direito e a gente se entende muito bem, estando junto sempre. E o fato dele se sentir parte do meu trabalho nos aproxima mais ainda.

Analisando esses dez anos de carreira cantando em bares e restaurantes ou casamentos, dá pra viver de música em Guarapari?
Particularmente, sempre vivi de música. Eu sou professora de música, e leciono tanto em escolas quanto em casa, pois dou aulas particulares. Atualmente estou só com as aulas particulares durante a semana e nos finais de semana faço shows e canto em casamentos. Portanto, eu vivo da música inteiramente há muito tempo. Eu vivo de forma satisfatória, mas não sei se os meus colegas diriam o mesmo... Eu costumo dizer que Guarapari tem um mercado difícil não só para os músicos, mas para os artistas em geral, devido à falta de apoio. Embora isto vem mudando, é preciso melhorar cada vez mais. Conheço alguns artistas que têm a música como segunda profissão exatamente pela falta de apoio e de espaço. Mas, eu acho que o segredo é acreditar. Quando a gente acredita que precisa estudar, ter humildade, e sempre respeitar os colegas, as coisas podem dar certo.


Temos visto em nossa cidade uma boa quantidade de pessoas despontando na música, em vários estilos (no Samba, no Pop, na MPB, no Rock ou no Country) e, na sua visão, o que falta para que os músicos de Guarapari tenham uma carreira de sucesso mais promissora?
Falta muita coisa... Principalmente apoio do poder público. Infelizmente, nossa cidade não tem demanda para um trabalho como o nosso durante o ano inteiro. Guarapari "bomba" em alguns períodos do ano e como não tem um leque maior de casas noturnas ou de shows, isto dificulta um pouco o trabalho dos músicos. Por outro lado, há também aquelas questões que já falei. Quem opta por essa profissão, precisa optá-la por amor. Eu acredito que o músico tem que amar o que está fazendo... Ele não deve cantar um estilo que não gosta somente para ganhar dinheiro. Esta é uma receita que não dá certo, apesar de muitos acreditarem que dá.
Uma coisa que é raríssima em todo o Espírito Santo é a união entre os músicos e isto é ruim para a classe inteira. Há também alguns contratantes que não facilitam, pois não levam nosso trabalho a sério. Não há uma fiscalização efetiva quanto ao couver artístico e ao cumprimento das agendas de shows. Algumas casas desmarcam os shows na última hora ou marcam duas bandas para o mesmo dia... E, isto compromete o nosso trabalho e o estímulo individual.

Por duas vezes você participou do Projeto Esquina da Cultura, promovido pela Prefeitura de Guarapari, e nas duas edições você agradou demais ao público presente e gostaríamos de saber qual será o próximo passo da cantora Vanessa Loyola? Qual seu projeto para o futuro?
Então... No ano passado participei com a Banda Soul Jazz muito feliz porque o repertório era de Blues, Jazz e Rock in Roll. Amei ter participado porque foi incrível! Fiz shows nos dois Palcos (Palcos 1 e 2) e este ano pude fazer o meu próprio show com músicas da MPB, Bossa Nova e Clássicos do Rock, ainda que não tenha dado tanta ênfase ao Rock pois queria sentir a receptividade do público. Adorei ver os meus amigos presentes, os turistas misturados no meio dos meus amigos... Achei realmente fantástico e sou muito grata por aquela noite, inclusive a você por ter me prestigiado.
Em relação ao meu futuro, tenho a pretensão de compor minhas próprias músicas, algumas que ainda não finalizei. Pretendo focar num trabalho autoral baseado nas minhas influências, desde músicas clássicas até à MPB, numa mistura bacana. Pretendo também alçar outros vôos... cantar em outros lugares e, por isso, não sei se ficarei muito tempo em Guarapari. Tenho a intenção de encerrar as aulas para me dedicar mais à minha carreira de cantora, embora as duas coisas sejam a minha paixão. Mas, se algum dia tiver que fazer uma opção, será pelo canto.

Vamos ao bate bola?
Signo: Peixes
Deus: Essencial
Família: Meu maior tesouro
Música: O que mais amo na vida
Amor: A Cura
Guarapari: Meu amor eterno.






Fotos: Arquivo pessoal e publicações na Internet

Rogerinho do Cavaco Se Apresenta na Esquina da Cultura

É isso mesmo. Rogerinho do Cavaco não pára!!!áb
Depois de embalar os clientes do bar Reserva do Gerente na última sexta-feira (27/07), neste sábado (28/07) ele irá se apresentar no Palco 1 do Projeto Esquina da Cultura, promovido pela Prefeitura de Guarapari.
O sambista fará o show a partir de 22h e, além de cantar muito samba renomado, também cantará algumas de suas composições.
Rogerinho do Cavaco, que no dia 18 deste mês comemorou o terceiro ano de casamento com a bibliotecária Mirela Aleixo, possui três discos gravados com composições próprias ou em parceria com diversos sambistas consagrados: "Rogerinho do Cavaco"; "Samba do Povo" e "Geral Gostou". (confira na página do sambista).
Este ano, a Segunda Edição do Projeto Esquina da Cultura que tem por objetivo movimentar a economia de Guarapari oferecendo opções de entretenimento aos moradores e turistas com a "esticada" das férias de julho, teve espaço ampliado e o palco principal recuado para o meio da rua Manoel Severo Simões, ao lado do Banestes do Centro.
O Palco 1, instalado na avenida Joaquim da Silva Lima, fica próximo ao Supermercado Santo Antônio.
Vale a pena conferir o show desse rapaz!
Eu estarei lá, se Deus quiser!


Fotos: página pessoal do compositor no Facebook

18 de fevereiro de 2018

Pedro Pesquisa se Destaca no Carnaval de 2018

Desta vez o compositor Pedro Dias Trindade, conhecido como Pedro Pesquisa, se superou no Carnaval de Guarapari. Foram ao todo cinco sambas compostos com diversos parceiros que embalaram os foliões deste ano.
Intitulado pelo Batuque na Praia como o "Veterano dos Festivais", Pedro Pesquisa parecia um menino que ganhou o melhor presente de Natal ao falar de sua alegria por estar participando de forma tão intensa do Carnaval da Cidade Saúde.
Os blocos carnavalescos que entoaram os sambas de Pedro foram: Bloco Olaria 2000, Bloco Rama e Bloco Amigos da Fonte.


No Bloco Olaria 2000, composição em parceria com João Ananias, foi um mix de todos os sambas já compostos pela dupla.
No Bloco Amigos da Fonte, ao lado de Zinho, Rogerinho do Cavaco e Colmar, Pedro fez uma homenagem ao corretor Askar Chamoun com o enredo: "Askar Chamoun, do Líbano para o Brasil".
Já no Bloco Rama, provavelmente uma das melhores composições deste Carnaval, a parceria feita com Rogerinho do Cavaco e Julio Braga fez um apelo para o enredo "Não ao Preconceiro, Sim à Liberdade de Expressão".
E, para as Escolas de Samba Mocidade Alegre de Olaria e Juventude de Muquiçaba, Pedro também participou das parcerias que embalaram os foliões.
Ao lado de Rogerinho do Cavaco, Tavinho, Xandão, Dudu Azimuth e Rita de Cássia, Pedro fez uma homenagem aos 38 Anos da Escola do bairro Olaria.

Para a Juventude de Muquiçaba, outro samba que também empolgou a Avenida Joaquim da Silva Lima composto em parceria com Rogerinho do Cavaco e Julio Braga, fez uma homenagem às Festas de São João.






16 de fevereiro de 2018

Carta Aberta aos Leitores de Batuque na Praia

Olá, Batuqueiros!
Agora que passou a febre do Carnaval, chegou o momento de informar a todos que nos indagaram a razão pela qual o Blog Batuque na Praia estava tão silencioso acerca da Folia de Momo de Guarapari.
Primeiramente, esclarecemos que esta página foi criada única e exclusivamente para divulgar a cultura de Guarapari, seja através da manifestação carnavalesca, seja através de eventos que envolvem a música ou o folclore maratimba. Não temos pretensões ao jornalismo, mesmo porque esta não é a nossa formação acadêmica. Apenas veiculamos algumas notícias do mundo do samba e outros ritmos.
Entretanto, nos meses que antecederam o Carnaval, fomos vilmente atacados nas redes sociais e envolvidos em conversas inúteis e boatarias que nada tinham a ver com nossa postura. O falatório dos tolos envolveu membros de nossa família, numa sucessão de ataques chulos e de mal gosto, deboches e uma infinidade de ofensas maliciosas com o propósito de nos desestruturar.
Como este Blog foi idealizado somente para nos trazer diversão, sem custo adicional a ninguém, preferimos nos silenciar e focar nossas atenções em outras coisas.
Mas, não vamos nos calar para sempre, a não ser que Deus queira. 
Voltaremos a postar coisas legais aqui e divulgaremos quando e onde pudermos.
Aos que não nos querem bem, só lamentamos a insignificância. Não precisam ler nada que é postado aqui... Virem a página! Como diz o poeta: "inveja é o que mais tem por aí, mas deixo a imaginação fluir".
Aos que gostam de nossas postagens, continuaremos trazendo informações bacanas e divulgando o samba, nosso maior gosto musical. Se surgir rock, ou xaxado, ou sertanejo, divulgaremos também. Somos ecléticos, em nome da cultura.
Aguardem, que traremos mais informações, pois "o Batuque não pode acabar".
...
Ah, e para que não tenham dúvidas quanto ao autor dessa postagem, aqui vai meu nome completo:
Julio Cezar Gomes Pinto.