Há sete meses do Carnaval de 2013, já que no próximo ano a folia do Rei Momo será bem cedo (12 de fevereiro), uma indagação silenciosa permeia os pensamentos de dirigentes de algumas agremiações da Cidade Saúde: quem vai repassar a tão almejada verba da Prefeitura? E quanto será destinado aos blocos e escolas de samba?
Os leitores podem estar imaginando que ainda é cedo demais para isso, que ainda faltam muitos meses para se falar em subvenção, que isso e aquilo... Mas, o fato é que para um Carnaval bem realizado, sete meses passam muito depressa, quase voando! É preciso lembrar que as Escolas de Samba necessitam de um tempo maior que os Blocos para organizar toda a sua apresentação. Há que se definir o enredo, os protótipos das fantasias, os desenhos das alegorias, fazer a escolha do samba, além de se contratar intérpretes, carnavalescos e pessoal de barracão. Para pesar ainda mais os preparativos, as escolas de samba precisam de um tempo extra para promover os ensaios de bateria, comissão de frente e mestre-sala e porta-bandeira, pois são quesitos de extrema importância para um bom desfile na avenida.
Apesar dessa necessidade premente de organização, não se observa qualquer movimentação das escolas de samba de Guarapari. Tal como observamos em 2011, este ano não está sendo diferente. Os meses avançam, o fim-de-ano se aproxima e um silêncio fúnebre impera na cidade. Onde estão as rodas de samba? Onde estão as feijoadas promocionais? Cadê o zum-zum-zum característico das comunidades carnavalescas?
Mais uma vez sentimos que o Carnaval de Guarapari vai sofrer com a falta de recursos. Isso porque a maior parte das agremiações espera o ano inteiro pela liberação da verba da Prefeitura. E, para o Carnaval do ano que vem, a Cidade contará com mais uma Escola de Samba a disputar o dinheiro da Administração. Estamos falando da Imperatriz do Samba, que em 2012 desfilou por conta própria, mas que em 2013 tem direito à partilha da subvenção da Prefeitura.
Somado a isto, há ainda uma dúvida que assombra os presidentes de blocos e escolas: afinal, quem será que vai assumir a difícil tarefa de repassar o dinheiro da Prefeitura para as agremiações? A LIGESBC, que no ano passado afirmou estar quites com o tribunal de contas, mas que há poucos dias do Carnaval verificou-se o contrário? A Associação Guarassamba, que não conseguiu emplacar na folia guarapariense? Ou será, novamente, outra Escola de Samba, tal como aconteceu em 2012?
Enquanto essas indagações ficam sem resposta, o Carnaval de Guarapari se enfraquece cada vez mais e o samba maratimba silencia a cada ano.
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