"Aduanas: tudo para o Rei, tudo para o Estado, tudo pela Nação."
Desde os tempos mais remotos
que o sentimento egoísta do homem tem direcionado sua
vontade para a posse,
despertando em si um sentimento de tomar do próximo, se assim for necessário, o
objeto de seu desejo.
Em um estágio mais elevado
da civilização, o homem substituiu este sentimento animalesco pela
racionalidade da troca para obter aquilo que desejava, rabiscando os contornos
da forma mais primitiva de comércio.
O enredo Aduanas: tudo para
o rei, tudo para o Estado, tudo pela nação. tem como questão central mostrar a
importância para todo o país da profissão do Despachante Aduaneiro. Mas não
somente isso. A Verde e Rosa do Forte de São João têm para o carnaval de 2014 a
missão de contar e encantar a todos retratando tempos e histórias. Sim,
história!
"Uma casa cuja
história é das mais ricas e variegadas, mais que uma casa. um edifício público
repleto de pessoas e mercadorias. Mais que uma edificação, porta de entrada e
de saída de toda a nação que testemunhou embarques, invasões e batalhas.
tragédias e comédias. Um pouco do retrato da cidade que se estende por trás
dela."
Enredo.
A História da alfândega
brasileira, assim como a do Espírito Santo, confunde-se com a história do
Brasil. A figura do despachante aduaneiro existe há mais de 160 anos. E você já
parou pra pensar o quão é importante para todos nós que este setor esteja
sempre em harmonia?
Esta roupa que você está
vestindo. Você sabe como ela pôde chegar até aqui?
Os carros que circulam por
nossa ilha do mel. Chegaram aqui como? E as autopeças, para sua montagem?
Os computadores, celulares
de última geração, eletro-eletrônicos enfim uma infinidade de produtos que
chegam, mas também que saem dos nossos portos e aeroportos todos os dias. É uma
verdadeira batalha organizada de fiscalização.
Vocês acham que isso começou
agora com o advento da globalização? Claro que não e a Imperatriz do Forte, de
forma descontraída como vocês sabem muito bem fazer, retratará em cada detalhe
do seu carnaval a verdadeira saga de uma das profissões mais importantes para o
desenvolvimento econômico do nosso país. Aliás, de todos os outros países.
Fase Patrimonial. "Tudo
para o rei." - Aduana como fonte de receita pessoal do governante...
Vamos desembarcar no Brasil
Colônia da Coroa Portuguesa, onde a antiga metrópole queria era mesmo explorar
as riquezas. Onde a coroa portuguesa com suas medidas protecionistas cria no
Brasil o sistema de capitanias hereditárias, fechamento de todos os portos a
navios estrangeiros fazendo com que todo o comercio passasse a ser realizado a
partir de Portugal.
Fase fiscal. "tudo para
o estado." - A receita Aduaneira utilizada para o custeio das atividades
estatais...
Saltando mais à frente,
vamos testemunhar algo que somente ocorreu aqui no Brasil. Em 1808 quando a
Família Real Portuguesa vem fugida de Portugal, trazendo progresso e
transformação. Foi um escândalo total quando o mundo todo soube que toda a
corte saiu de Portugal, abandonando a todos os portugueses. A abertura dos
portos é fator determinante para o início, do que chamamos hoje de Comércio
Internacional ou Comércio Exterior. E vamos ver como se dava a questão da
aduana por aqui nesta época. Como se fazia alfândega nestes tempos iniciais.
Fase econômica. "tudo pela nação." -
aduana como importante instrumento de política econômica em prol da
sociedade...
Com a independência do
Brasil obviamente haveria necessidade de algumas reformas administrativas e
mais uma vez a política do comércio exterior sofrerá mudanças, com isso, todas
as pessoas envolvidas neste processo devem buscar adequações também e já vimos
que a aduana tem papel protagonista em nosso carnaval.
Organizadamente, a
Imperatriz do Forte dá um salto para o movimento político que culminou com
Proclamação da República até 1930.
E, contudo, a partir de
1930. Vamos mostrar os efeitos do Estado Novo para a administração tributária e
aduaneira. Políticas de barreiras tarifárias draconianas que perduraria, com
pequenos intervalos. E uma avalanche de acontecimentos dramáticos ocorridos
paralelamente no cenário político. Ditadura. 2ª Guerra Mundial. Mais uma vez a
aduana acompanha o movimento histórico nas entradas e saídas de gente,
produtos, armas, comida dentre outras.
As décadas de 1930 e 1940
foram de muita profusão na vida social e nos negócios do comércio na nossa
capital Vitória. O Porto de Vitória começou a tomar uma forma de como ele hoje
se apresenta. Importantíssimo para a economia capixaba e nacional também. E
como o Espírito Santo viveu nos últimos anos um forte crescimento econômico. E
uma parcela enorme deste crescimento pode ser explicada pelas atividades de
comércio exterior. E nesta ótica, e ainda reconhecendo sua importância na arte
de aplicar os meios disponíveis no Comércio Exterior Brasileiro, que o
Despachante Aduaneiro deverá ser respeitado não só pelo exercício de sua
profissão e pela bagagem de conhecimentos que trás no exercício de seu labor,
mas crucialmente, pela importância que tem como operador interveniente na
cadeia que forma o comércio exterior, bem como, ajudando a Nação no que se
refere ao apoio às demandas de barreira, combatendo o contrabando, tráfico
ilegal de armas e drogas, auxílio contra a entrada de produtos que serão até
mesmo um risco à saúde e à segurança de toda a população. É responsável por
acompanhar a entrada e saída até mesmo de matéria prima de produtos para o
carnaval brasileiro. De onde vocês acham que vêm todas essas
plumas, paetês, aljofres, lantejoulas, chapeus, tecidos e tantas outras coisas
que vão fazer colorir o nosso
carnaval?
A A.C..G.R.E.S Imperatriz do
Forte, ao celebrar o trabalhador aduaneiro, suas lutas e conquistas, estará investindo num tema
impactante e de forte teor cultural, pois acreditamos que a cultura é capaz de
modificar avid a das pessoas e a
estrutura social em que vivemos.
Osvaldo Garcia
Carnavalesco.
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