Páginas

28 de outubro de 2013

Imperatriz Resgata a História da Alfândega Brasileira


                      "Aduanas: tudo para o Rei, tudo para o Estado, tudo pela Nação."

Desde os tempos mais remotos que o sentimento egoísta do homem tem direcionado sua
vontade para a posse, despertando em si um sentimento de tomar do próximo, se assim for necessário, o objeto de seu desejo.
Em um estágio mais elevado da civilização, o homem substituiu este sentimento animalesco pela racionalidade da troca para obter aquilo que desejava, rabiscando os contornos da forma mais primitiva de comércio.
O enredo Aduanas: tudo para o rei, tudo para o Estado, tudo pela nação. tem como questão central mostrar a importância para todo o país da profissão do Despachante Aduaneiro. Mas não somente isso. A Verde e Rosa do Forte de São João têm para o carnaval de 2014 a missão de contar e encantar a todos retratando tempos e histórias. Sim, história!
"Uma casa cuja história é das mais ricas e variegadas, mais que uma casa. um edifício público repleto de pessoas e mercadorias. Mais que uma edificação, porta de entrada e de saída de toda a nação que testemunhou embarques, invasões e batalhas. tragédias e comédias. Um pouco do retrato da cidade que se estende por trás dela."


Enredo.
A História da alfândega brasileira, assim como a do Espírito Santo, confunde-se com a história do Brasil. A figura do despachante aduaneiro existe há mais de 160 anos. E você já parou pra pensar o quão é importante para todos nós que este setor esteja sempre em harmonia?
Esta roupa que você está vestindo. Você sabe como ela pôde chegar até aqui?
Os carros que circulam por nossa ilha do mel. Chegaram aqui como? E as autopeças, para sua montagem?
Os computadores, celulares de última geração, eletro-eletrônicos enfim uma infinidade de produtos que chegam, mas também que saem dos nossos portos e aeroportos todos os dias. É uma verdadeira batalha organizada de fiscalização.
Vocês acham que isso começou agora com o advento da globalização? Claro que não e a Imperatriz do Forte, de forma descontraída como vocês sabem muito bem fazer, retratará em cada detalhe do seu carnaval a verdadeira saga de uma das profissões mais importantes para o desenvolvimento econômico do nosso país. Aliás, de todos os outros países.

Fase Patrimonial. "Tudo para o rei." - Aduana como fonte de receita pessoal do governante...
Vamos desembarcar no Brasil Colônia da Coroa Portuguesa, onde a antiga metrópole queria era mesmo explorar as riquezas. Onde a coroa portuguesa com suas medidas protecionistas cria no Brasil o sistema de capitanias hereditárias, fechamento de todos os portos a navios estrangeiros fazendo com que todo o comercio passasse a ser realizado a partir de Portugal.

Fase fiscal. "tudo para o estado." - A receita Aduaneira utilizada para o custeio das atividades estatais...
Saltando mais à frente, vamos testemunhar algo que somente ocorreu aqui no Brasil. Em 1808 quando a Família Real Portuguesa vem fugida de Portugal, trazendo progresso e transformação. Foi um escândalo total quando o mundo todo soube que toda a corte saiu de Portugal, abandonando a todos os portugueses. A abertura dos portos é fator determinante para o início, do que chamamos hoje de Comércio Internacional ou Comércio Exterior. E vamos ver como se dava a questão da aduana por aqui nesta época. Como se fazia alfândega nestes tempos iniciais.

Fase econômica. "tudo pela nação." - aduana como importante instrumento de política econômica em prol da sociedade...
Com a independência do Brasil obviamente haveria necessidade de algumas reformas administrativas e mais uma vez a política do comércio exterior sofrerá mudanças, com isso, todas as pessoas envolvidas neste processo devem buscar adequações também e já vimos que a aduana tem papel protagonista em nosso carnaval.

Organizadamente, a Imperatriz do Forte dá um salto para o movimento político que culminou com Proclamação da República até 1930.

E, contudo, a partir de 1930. Vamos mostrar os efeitos do Estado Novo para a administração tributária e aduaneira. Políticas de barreiras tarifárias draconianas que perduraria, com pequenos intervalos. E uma avalanche de acontecimentos dramáticos ocorridos paralelamente no cenário político. Ditadura. 2ª Guerra Mundial. Mais uma vez a aduana acompanha o movimento histórico nas entradas e saídas de gente, produtos, armas, comida dentre outras.

As décadas de 1930 e 1940 foram de muita profusão na vida social e nos negócios do comércio na nossa capital Vitória. O Porto de Vitória começou a tomar uma forma de como ele hoje se apresenta. Importantíssimo para a economia capixaba e nacional também. E como o Espírito Santo viveu nos últimos anos um forte crescimento econômico. E uma parcela enorme deste crescimento pode ser explicada pelas atividades de comércio exterior. E nesta ótica, e ainda reconhecendo sua importância na arte de aplicar os meios disponíveis no Comércio Exterior Brasileiro, que o Despachante Aduaneiro deverá ser respeitado não só pelo exercício de sua profissão e pela bagagem de conhecimentos que trás no exercício de seu labor, mas crucialmente, pela importância que tem como operador interveniente na cadeia que forma o comércio exterior, bem como, ajudando a Nação no que se refere ao apoio às demandas de barreira, combatendo o contrabando, tráfico ilegal de armas e drogas, auxílio contra a entrada de produtos que serão até mesmo um risco à saúde e à segurança de toda a população. É responsável por acompanhar a entrada e saída até mesmo de matéria prima de produtos para o carnaval brasileiro. De onde vocês acham que vêm todas essas plumas, paetês, aljofres, lantejoulas, chapeus, tecidos e tantas outras coisas que vão fazer colorir o nosso carnaval?

A A.C..G.R.E.S Imperatriz do Forte, ao celebrar o trabalhador aduaneiro, suas lutas e conquistas, estará investindo num tema impactante e de forte teor cultural, pois acreditamos que a cultura é capaz de modificar avid a das pessoas e a estrutura social em que vivemos.

Osvaldo Garcia
Carnavalesco.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Atenção, este é um Blog pessoal para divulgação de atividades festivas e fatos relacionados. Não serão aceitos comentários ou postagens de cunho religioso, político, racista, homofóbico, etc. A redação se reserva o direito de excluir ou bloquear tais manifestações.