A notícia de que o Carnaval de Guarapari deste ano foi cancelada apanhou os foliões e demais moradores da cidade de surpresa. A bomba, anunciada ao vivo no dia 03 de fevereiro pelo prefeito interino Wanderlei Astori através do Jornal da TV Guarapari, causou o maior rebuliço junto aos presidentes de blocos e escolas de samba da cidade.
De acordo com Wanderlei Astori, não houve prestação de contas da subvenção do ano passado e, se a verba for repassada este ano, a administração terá problemas com a Justiça. O prefeito disse ainda que a verba no valor de R$ 270 mil, aprovada pela Câmara Municipal de Vereadores no ano passado, já está disponível para as agremiações desde janeiro, porém não pode ser entregue aos coordenadores do evento.
O primeiro impedimento para liberação do recurso foram as eleições. Enquanto a eleição do novo prefeito não ocorresse, o dinheiro não poderia ser entregue aos blocos e escolas.
Visivelmente preocupado, o vice-presidente da Liga Guarapariense de Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos LIGESBC, Almir Gonçalves, compareceu aos estúdios da emissora para esclarecer os motivos pelos quais o Carnaval fora cancelado pela prefeitura. Segundo ele, não há qualquer problema com a prestação de contas.
"A verba foi administrada pela Escola de Olaria e a prestação de contas ocorreu corretamente", disse ele.
Interrogado acerca do motivo pelo qual a Liga não está administrando o recurso cedido pela Prefeitura, Almir falou que o valor é ultrapassado e não atende às despesas com palco, sonorização, iluminação, equipe de apoio, entre outras.
Os R$ 270 mil permanecerão no caixa da Prefeitura e podem ser utilizadas em outras secretarias como Saúde e Educação. A Prefeitura informou que levará o Bloco da Saúde para a Avenida Joaquim da Silva Lima, como acontece todos os anos, realizando ações preventivas contra as doenças sexualmente transmissíveis e distribuindo preservativos.
O presidente da Escola de Samba Mocidade Alegre de Olaria, Tarcísio Ribeiro, reuniu-se com a Diretoria da agremiação e anunciou que continuará com os ensaios e com os trabalhos no barracão, mesmo porqueá assumiu dívidas junto aos fornecedores que deverão ser sanadas.
"Independente da verba da Prefeitura, nós iremos continuar com os ensaios no campo do América para tentarmos diminuir o valor do prejuízo, que já passa dos R$ 30 mil", disse ele. "O barracão não vai parar. O material já foi comprado, o pessoal precisa receber pelos dias trabalhados e, caso não seja possível mesmo desfilar este ano, iremos guardar tudo para o ano que vem. Por enquanto, suspendi a confecção dos carros alegóricos."
Já o presidente da Escola de Samba Juventude de Muquiçaba, Nelson Garcia, disse em entrevista ao Jornal Folha da Cidade que entrou em contato com os parceiros das escolas de samba de Vitória e dispensou a ajuda deles para finalizar os adereços e carros alegóricos. Disse ainda que se reuniu três vezes com o prefeito Wanderlei Astori na sexta-feira (dia 1º) e não recebeu esperanças de que a situação seria resolvida.
Nesta quarta-feira, dia 06, os envolvidos com o Carnaval tentarão alguma forma de viabilizar o evento junto ao Governo Estadual e Órgãos Judiciários.
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