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29 de agosto de 2012

Tradição Serrana e Rosas de Ouro, Juntas no Carnaval 2013

As escolas de samba Rosas de Ouro e Tradição Serrana vão preparar em conjunto o carnaval 2013. As agremiações confirmaram uma parceria e vão vazer ensaios, eventos e até a confecção de alegorias e fantasias no mesmo local. A confirmação é do presidente da Rosas de Ouro, Reginaldo Silva, que explicou o motivo de juntar duas comunidades.
"A Tradição Serrana está com novo presidente. E a única posição que afastava as duas escolas era a falta de afinidade entre as diretorias. Isso não existe mais. A Rosas vai fazer o seu carnaval junto com a Tradição Serrana. Uma escola apoiando a outra. A intenção é permanecer com a Tradição no grupo principal e elevando a Rosas de Ouro para o mesmo grupo".

A expectativa é conseguir um único galpão para construir alegorias e confeccionar as fantasias da escola. Para os ensaios, que também serão em conjunto, uma das possibilidades é o ginásio do bairro Feu Rosa.
Enredos

A Tradição Serrana irá abordar a cultura italiana com o enredo: "Os sonhos dos imigrantes viraram realidade. A Tradição na passarela canta a tarantela".
Já a Rosas de Ouro, que em 2013 desfilará no Grupo de Acesso, abordará o percurso do mármore e do granito, com o enredo: "Do Mármore ao Granito: No Egito, na Grécia e em Roma; Rosas de Ouro é a Rocha Serrana que vai Lapidando na Avenida a Indústria do Bem Estar Social".

Carnaval 2012

No último carnaval, Rosas de Ouro e Tradição Serrana, as duas representantes do município da Serra no Carnaval Capixaba, disputaram sozinhas a única vaga no grupo de elite da folia capixaba. Mesmo com problemas, a Tradição saiu vitoriosa, em um desfile exaltando todas as escolas de samba locais.



Fonte:

Unidos de Jucutuquara já Tem Samba Para 2013


Em reunião realizada na noite de 27 de agosto de 2012, na sede do Instituto Federal do Espírito Santo, a Comissão de Carnaval da Unidos de Jucutuquara, juntamente com o vice-presidente Genivaldo Monteiro, o intérprete oficial Kleber Simpatia e a Diretora de Harmonia Marinilce Monteiro, analisaram os três sambas finalistas do Concurso de Samba Enredo da Unidos de Jucutuquara e em comum acordo e por unanimidade, decidiram que o samba que melhor atende à proposta do Carnaval 2013 que a agremiação pretende levar para avenida é o samba nº 04 dos compositores: Marina Zanchetta, Thiago Bandeira, Dilson Marimba, Thiago Daniel e Diego Tavares.





Assim sendo, esse samba foi aclamado como o Grande Campeão do Concurso de Samba Enredo da Unidos de Jucutuquara seguindo os critérios estabelecidos no artigo 27 da ordem Normativa 001/2012.

Todo o processo foi acompanhado pelo Presidente da Ala de Compositores Roni Costa Alencastre.

O samba campeão terá direito a um prêmio em dinheiro no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais)

Membros da Comissão de Carnaval:
- Sury de Souza
- Anclébio Júnior
- Edson Tadeu
- Armando Chafik
- Leda Lima
- Anderson Ferreira
- Kátia Galvão

Postado no site da Unidos de Jucutuquara.

23 de agosto de 2012

Ai, Que Inveja do Carnaval de "Victory Capital"!

Estou um nervo só!
Tudo de bom acontece na capital do nosso esquecido Estado...
Sou muito novinha pra lembrar do carnaval de Guarapa Fitness City nos bons anos que não voltam tão cedo, mas acho que o nosso desfile de foliões na Marquês da Silva Lima está deixando muito a desejar.
Onde está aquele Carnaval que era de dar inveja aos outros?!?
Por que nossa humilde e pacata Cidade Paraíso não alavanca no Carnaval?
Tô nervosa mesmo!!!
Ora, bolas! Tudo acontece lá naquela ilha e NADA acontece aqui!
Lá na Ilha, capital do Holy Spirit, tem Concurso de Família Real Momesca, Seminário do Carnaval, Sambódromo, Ensaios com Atrações Nacionais, Gravação de CD, Prêmios e Troféus...

Puxa vida, lá tem até Liga de Escolas de Samba...

E AQUI ?!? Nada???
...
Até quando???



Cê Jura, né...?
Kisses For You!

Prefeitura de Vitória Abre Inscrições Para Família Real do Carnaval 2013

A Família Real representa a alegria das pessoas nessa época tão festiva que é o Carnaval de Vitória.

Os interessados devem se dirigir à Gerência de Produção da Secretaria Municipal de Cultura (Semc) até o dia 10 de outubro, de segunda a sexta-feira, observando os seguintes horários: das 9 às 12 horas e das 14 às 18 horas. As fichas de inscrição estarão disponíveis na Semc.

Os requisitos básicos para concorrer, tanto para os homens quanto para as mulheres, são: ser brasileiro, morador de Vitória e ter idade mínima de 18 anos.

No ato da inscrição, os candidatos deverão preencher e assinar a ficha. É preciso ainda entregar uma fotocópia do comprovante de residência, da carteira de identidade, do CPF e apresentar os documentos originais para conferência.

O Rei Momo, a Rainha e as Princesas serão eleitos no dia 27 de outubro entre os candidatos aprovados na pré-seleção. O Rei Momo e a Rainha receberão prêmio de R$ 3.500,00. As Princesas, R$ 2.500,00 cada.

Inscrições: até 10 de outubro, das 9 às 12 horas e das 14 às 18 horas (de segunda a sexta-feira).
Onde: Secretaria Municipal de Cultura (Semc) – Gerência de Produção e Difusão Cultural. Rua Treze de Maio, 47, 2º andar, Centro, Vitória.
Pré-seleção: 15 de outubro.
Eleição: 27 de outubro.
Mais informações: (27) 3132-2064.

Fonte:
Prefeitura de Vitória

21 de agosto de 2012

Desfile no Sambão do Povo já tem Ordem Definida!

Na quinta-feira, dia 9, aconteceu uma grande festa na Estação Porto/Centro de Vitória. A LIESES, com o apoio sempre presente da Secretaria de Cultura de Vitória, realizou o sorteio da ordem do desfile das escolas de samba de Vitória para 2013.

Antes do sorteio, porém, Rogério Sarmento - presidente da LIESES, disse que as escolas que não prestaram contas do Carnaval de 2012 desfilariam no primeiro dia (sexta) além de pagar a multa prevista no regulamento.

A ordem dos três dias ficou, portanto, assim definida:

31/01 (quinta) - Grupo de Acesso
1 - Chega Mais (Escola convidada do Santa Marta)
2 - Unidos de Barreiros
3 - Chegou o Que Faltava
4 - Rosas de Ouro


01/02 (sexta)
1 - Tradição Serrana - que vai apresentar o Enredo: "Os sonhos dos imigrantes viraram realidade. A tradição na passarela canta a tarantela"
2 - Novo Império - com o Enredo "O Fim do Mundo"
3 - Andaraí - "Andaraí canta em verso e prosa! 100 anos do Rio Branco, áureos tempos de lutas e glórias"
4 - Pega no Samba - Enredo: "Em terra de bamba, samba quem tem raiz. O Pega canta a gigante Amigos da Gurigica"
5 - São Torquato - apresentando o enredo: "Onde está o Ouro? Pegue o mapa da mina e encontre o seu tesouro"


02/02 (sábado)
1 - Unidos da Piedade - "Anauê, Anauê, guanambi amanajé nas terras abençoadas do Espírito Santo"
2 - Imperatriz do Forte - "Cem Anos do Parque Moscoso"
3 - Boa Vista - "Diáspora Africana - O Grito de Liberdade de Uma Raça"
4 - Mocidade Unida da Glória - “Oui Voilá le France! Mocidade singra os mares de Dunkerque. Merci beacoup!"
5 - Unidos de Jucutuquara - "A centenária Noite do Sabiá da Crônica: entre pássaros, palavras, chiquitas e baianas"

Com excessão da Tradição Serrana, as outras quatro escolas a desfilarem na sexta foram punidas e, por isso, desfilarão no primeiro dia.

A Escola Arco Íris, do Ibes, não fez uma boa apresentação na estréia em 2012, por isso ficou impedida de desfilar em 2013.

A Acadêmicos da Grande Ilha, que faria sua estréia em 2013, foi impedida de desfilar por não comparecer à uma reunião em que alega não ter sido convidada.

Enredo da Independentes de São Torquato - Carnaval 2013



Onde está o Ouro? Pegue o mapa da mina e encontre o seu tesouro

A agremiação trará o enredo: “Onde está o Ouro? Pegue o mapa da mina e encontre o seu tesouro” com uma tônica aventureira e rica em informações: “Começa com a cobiça de um rei, passa pela arquitetura e a ostentação, charlatanismo, sincretismo e fecha com o Brasil em busca do pódio mais alto em 2016 recebendo a tão cobiçada medalha de ouro”, conta o carnavalesco.

"Estarei levando um estilo próprio no qual sempre sonhei em trabalhar, leve, sem luxo excessivo, cores certas, porém com muito bom gosto".
 
João Vitor Araújo
Carnavalesco.
 
Em breve disponibilizarei a sinopse de 2013.

Enredo da Independentes de Boa Vista - Carnaval 2013



"Diáspora Africana - O Grito de Liberdade de Uma Raça"

A Independentes de Boa Vista, campeã do carnaval 2012, definiu o seu enredo para tentar o bicampeonato no carnaval 2013. "Diáspora Africana - O Grito de Liberdade de Uma Raça" é o título do enredo, que será desenvolvido pelo carnavalesco paulista Cláudio Cebola.
O presidente da agremiação de Cariacica, Emerson Xumbrega, adiantou um pouco do enredo. "Vamos homenagear os negros de uma forma geral. Fazer uma saudação aos negros que se destacaram pelo mundo, tanto na luta, no social, no esporte".

Para compor o desfile, a escola vai recorrer a personagens que marcaram história em nome de uma raça e são exemplos para a humanidade nas áreas em que atuaram. Nelson Mandela, Pelé e Martin Luther King estão entre os nomes.

Leonardo Soares - Gazeta Online

20 de agosto de 2012

Enredo da Andaraí - Carnaval 2013


"Andaraí canta em verso e prosa!
100 anos do Rio Branco, áureos tempos de lutas e glórias"

Os 100 anos do Rio Branco estarão na avenida. O capa-preta, que completa seu centenário em 2013, será o enredo da Escola de Samba Andaraí. O enredo leva o nome: “Andaraí em verso e prosa! 100 anos do Rio Branco, áureos tempo de lutas e glórias”. O Rio Branco completa 100 anos em 21 de junho de 2013.

Em breve disponibilizarei a sinopse de 2013. Enquanto isso, curta e aprenda o samba vencedor!

Enredo da Unidos da Piedade - Carnaval 2013

ANAUÊ, ANAUÊ... GUANAMBI AMANAJÉ

NAS TERRAS ABENÇOADAS DO ESPÍRITO SANTO!

Introdução
Reza a lenda que antes de ser descoberta, as terras onde hoje vive o encantado Beija-Flor, era um vasto território coberto por uma densa e deslumbrante floresta tropical, a Mata Atlântica. Nela habitavam os mais incríveis animais; aves de rara beleza, plantas exóticas, feras de todos os portes e pássaros encantadores. A fauna e a flora aliadas aos encantos daquela região, que era contornada por vales, emoldurada por enseadas, falésias, mangues e praias, a tornaram um paraíso, um lugar abençoado. Por esses atributos naturais e místicos, mais tarde ela seria batizada, pelos primeiros colonizadores, como Espírito Santo. Habitavam nessa região exótica, algumas tribos do tronco Tupiniquim; os Botocudos (tribo com atitudes violentas e hábitos antropofágicos), os Aimorés, os Goytacazes, entre outras.
Nosso enredo conta a fascinante historia de amor, envolvendo duas tribos inimigas. Um Romeu e Julieta Tupiniquim, com contornos mais lúdicos. Nele ouviremos a historia do Espírito Santo, contada de uma forma encantadora, pela ótica de um apaixonado Beija-Flor, hoje símbolo desse Estado, enquanto de flor em flor ele procura sua índia amada.

ENREDO
Existiam várias tribos no Espírito Santo, antes do descobrimento, umas eram pacíficas e outras hostis. Duas delas, há anos, viviam em guerra, eram inimigas mortais.
Anauê, Anauê ...Sou Tupi, sou Guarani, sou guerreiro Tupiniquim. Nasci e cresci entre matas verdejantes, das flores exóticas e exuberantes, das cachoeiras que estendem seu véu majestoso até se transformar num lago de águas cristalinas... Fui criado solto, bicho do mato, brinquei com onças pintadas, araras, colibris... corri os vales e montanhas sob a vigilância de Guaraci... meu povo era livre, minha terra sagrada e se estendia do mar as montanhas... vivíamos em comunhão com a natureza, desfrutávamos desse paraíso terrestre de riquezas naturais... tínhamos a caça, a pesca, um solo abençoado que nos brindava, como dádiva da natureza, com frutos de todos os tipos, legumes saborosos e verduras fresquinhas... meu povo vivia feliz, plantava, colhia e enquanto os guerreiros partiam para a guerra, nossas mulheres cuidavam da prole e faziam seus trabalhos manuais, nosso artesanato, herança de meu povo, que sobrevive ate os dias de hoje...e quando nossos guerreiros voltavam, vitoriosos, eram recebidos por toda a tribo com festa, e festejávamos noite a dentro, sob as bênçãos de Jaci...
...Certa vez me afastei do meu povoado perseguindo uma caça e nem percebi que tinha chegado à região inimiga, onde as águas da grande cachoeira terminavam sua queda entre as pedras, provocando uma névoa encantadora, sobre o manto majestoso de águas límpidas e tranquilas. Foi nesse momento então, que a vi, como Yara (deusa das águas), saindo dessa nuvem de gotículas, onde raios multicoloridos terminavam seus reflexos, diluídos sobre seu corpo nu. Ela tinha uma pele dourada, cabelos negros como a pantera e seu sorriso doce como favo de mel... era a visão do paraíso e naquele momento descobri que aquela era a deusa dos meus sonhos, a mulher que eu sempre sonhei... vinha caminhando em minha direção de forma tão divina, que até os últimos raios de sol sofriam por medo de lhe ferir a pele, orquídeas silvestres se jogavam sobre ela para lhe emprestar seu perfume e até os pássaros escondidos entre as folhagens ameigavam o seu canto...foi amor a primeira vista... encantados e como se tivéssemos hipnotizados, esquecemos nossa gente, nossa rivalidade e depois de muito tempo, nos amamos ali mesmo, na relva, sob o olhar preocupante do manto da noite... fizemos juras de amor e de nunca mais nos separar... e assim foi, dia após dia, nos encontrávamos as escondidas, cada vez mais apaixonados, e tínhamos a esperança de através de nosso amor, acabar de uma vez com a guerra entre nossas tribos... mas o destino foi cruel... um dia os guerreiros da tribo de minha amada a seguiram e nos encontraram em pleno êxtase... depois de me espancarem muito e pensando que eu estivesse morto, a levaram de volta à tribo... o Conselho dos Anciãos foi convocado para o julgamento de minha amada... ela era acusada de traição, já que nossas tribos estavam em guerra e eles acreditavam que ela passava segredos para mim... ela teve a sentença de morte, mas por ser muito jovem e bela, convocaram então, os Xamãs para o veredito... os Xamãs navegaram pelo céu em uma canoa que era como uma cobra de fogo, e a cobra-canoa (o arco-íris)os trouxe a esta terra sagrada. Após saberem de toda a história, da pureza, da inocência e da estonteante beleza de minha amada, resolveram como castigo, transformá-la numa linda flor...

...Eu, fui socorrido pelos guerreiros de minha tribo e sobrevivi ao espancamento e, logo que me recuperei, passei a procurar, desesperadamente, por minha amada... chamei então, os Anciãos e anunciei que iria até a outra tribo em busca de meu amor.
Eles não permitiram tremenda loucura e tentaram, de toda forma, me impedir. Afirmaram que na nossa tribo existiam lindas moças que poderiam ser boas esposas e teríamos filhos fortes e saudáveis. Mas eu estava apaixonado, irredutível e os Anciãos, vendo minha decisão e tristeza, evocaram também os Xamãs para me ajudar. Os Xamãs que já sabiam que minha bela índia havia sido transformada em flor resolveram então, me transformar num Beija-Flor. E a partir daí, saí a percorrer de um canto a outro, (por estas terras que mais tarde seria batizada de Espírito Santo) atravessando colinas, cachoeiras, mares e montanhas, e de flor em flor, procuro a índia encantada, dona do meu coração, e só quando encontrá-la o feitiço será, finalmente, quebrado.
...E foi nessa busca desesperada, que atravessei as estações, viajei por todos os cantos, sobrevivi às intempéries, e após anos e anos de busca, pude ver minha terra se transformando...
...E foi assim que eu vi...
Vi a chegada dos primeiros colonizadores batizando esse povoado de Espírito Santo e sendo bravamente combatidos pelo meu povo.
Vi a chegada do santo padre para catequizar nossa gente.
Vi a densa Mata Atlântica, aos poucos se abrindo para se tornar cidade.
Vi a chegada dos primeiros imigrantes trazendo suas culturas e construindo a historia junto com meu povo.
Vi o negro sendo açoitado covardemente e ajudando a construir a história dessa terra.
Vi o Frei transformar a em monumento.
Vi a jovem guerreira ajudar a expulsar os piratas de nossa terra.
Vi o escravo valente chefiar a insurreição e ser livre, pela fé em sua santa da montanha.
Vi o caboclo pescador ajudar a salvar a tripulação de um navio e ser condecorado pela princesa.
Vi muita gente dessa terra fazer sucesso na musica, pintura, literatura e no teatro.
Vi a emoção coroar um rei.
Vi a fé se transformar em procissão.
Vi nossas riquezas naturais e heranças de meu povo, dando identidade a essa terra.

Vi muita gente cruzando os mares para conhecer essa terra abençoada.
...Continuo buscando minha amada e sei que um dia hei de encontrá-la em alguma flor, hoje me tornei um símbolo dessa terra, desse estado que recebeu o nome divino de: Espírito Santo, e quem vive aqui herdou de minha gente o nome de CAPIXABA.


Assinado Beija-flor tupiniquim
Autor: Paulo Balbino

Enredo da Jucutuquara - Carnaval 2013

A Centenária Noite do Sabiá da Crônica: ente Pássaros, Palavras, Chiquitas e Baianas.

 Lá vem o samba. Em todo o canto da cidade já se ouve um ronco de cuíca, um surdo, uma voz cantando. São “os exércitos do samba fazendo os primeiros exercícios antes de marchar sobre a cidade”.

Um exército em verde, vermelho e branco: é Jucutuquara que vem lá! Sua sábia coruja vai
homenagear um sabiá, um mestre em retratar através das palavras as coisas simples do cotidiano. Um capixaba de Cachoeiro (com orgulho e devoção) que vai desfilar sua obra pela avenida comemorando sua centenária noite.
Nesta noite de festa estarão lá suas maiores paixões e companhias inseparáveis, como sua frenética máquina de escrever, responsável por nos brindar com tantos belos textos ao longo de sua brilhante passagem entre nós. Rubem Braga, menino do interior, criado entre peladas e pescarias, entre árvores e o imponente Rio Itapemirim, fez de suas lembranças uma fonte inesgotável para a criação de suas deliciosas crônicas.
Para saudar figura tão importante basta trazer ouvido e coração, para ouvir e para sentir. Não é preciso traje de gala, não é preciso ser conde. É preciso somente ter alma de passarinho, pois o homenageado era loucamente apaixonado pelos pássaros, todos eles, fossem um tuim ou um sabiá. A natureza o encantava: plantas e animais. Seu cachorro, Zig, era tão conhecido na cidade que recebeu até o sobrenome da família e, contrariando as regras do mundo animal, tinha grande amizade com uma gata, com a qual dormia. Histórias da infância de todos nós que o “Sabiá da Crônica” contou de forma única. Costumava dizer que se uma criança fosse mapear uma cidade, faria a partir de suas árvores. Por isso, tratava o pé de fruta-pão e o cajueiro de sua casa em Cachoeiro como membros da família e fazia questão de apresentá-los aos amigos. Por esse pioneirismo ambientalista virou nome de orquídea, um presente do amigo Augusto Ruschi.
O "Velho Braga” foi acima de tudo um espião da vida. Um observador atento que escreveu um pouco de tudo: infância, mar, mulheres, amigos, saudade, esperança, solidão, morte. Foi um verdadeiro cigano. Morou em diversas cidades brasileiras, fez reportagens para jornais e revistas em diversos locais do mundo. Esteve com a FEB na Itália, cobrindo a atuação de nossos pracinhas na Segunda Guerra Mundial. Foi representante do Brasil no Marrocos e no Chile. E tinha uma paixão especial por Paris, a capital da França, tema de inúmeras crônicas do mestre.
Mas esse cigano, aventureiro das palavras, adotou a cidade maravilhosa como sua casa. Foi lá que se encantou com a borboleta amarela que lhe seguiu pelas ruas do Centro; foi lá que após a vitória da Mangueira com o enredo sobre seu amigo Drummond visitou o morro e escreveu um lindo texto sobre o samba; foi lá que previu a decadência da princesinha do mar na crônica “Ai de ti, Copacabana”. Foi lá que viu a rotina de marinheiros e das garotas de Ipanema, o bairro que escolheu para ser sua morada definitiva no Rio de Janeiro. Sua cobertura na Rua Barão da Torre transformou-se numa espécie de santuário que receberia os muitos amigos do escritor, entre eles, Vinícius de Moraes, irmão de copo, de papo e que conjugava com ele uma paixão comum: as mulheres.
Na cobertura de Ipanema, Rubem Braga procurou recriar a atmosfera interiorana que nunca o abandonou. Um local habilmente projetado por ele, uma projeção de sua infância em Cachoeiro de Itapemirim no meio dos prédios de Ipanema. Em seu Jardim Suspenso plantou árvores, como um cajueiro que trazia dia a dia as lembranças da casa da família na Capital Secreta (como Vinícius apelidou a cidade natal do amigo), e recebia visitas diárias de sua intensa paixão: os passáros. Era uma espécie de celebração quase litúrgica das graças e mistérios do dom de sentir, valorizar e distribuir a natureza como um bem do que andamos, todos, cada vez mais precisados.
O Sabiá da Crônica era assim, um homem de cara fechada e com uma veia de extraordinário humor. Ao mesmo tempo, poeta e poético. Era preciso ser muito seu amigo para que ele entreabrisse a porta de sua alma. Ele só era menos contido no amor pelas mulheres. Quando não estava apaixonado por uma em particular, estava apaixonado por todas.
Hoje é o samba quem presta sua homenagem a esse capixaba apaixonado pelas coisas simples da sua terra. Um capixaba que nunca esqueceu sua infância de menino do interior, a ponto de “planejar” sua morte e pedir que suas cinzas fossem espalhadas nas curvas do Rio Itapemirim, no seu pequeno Cachoeiro, para que, assim, pudesse seguir até o mar e dizer: “Eis aqui o teu filho”. Rio abaixo, nas águas de sua infância, ele retornou ao mar, onde, com certeza, deve estar, alegremente, brincando com as sereias.
Então, que cuícas, surdos e tamborins executem a sinfonia da centenária noite. O Sabiá, lá do céu sim, ele conseguiu convencer São Pedro a deixá-lo a entrar) estará achando tudo isso um exagero, mas, com certeza, ficará muito feliz ao ver tantas chiquitas com seus corpos esculturais sambando em sua homenagem. E em retribuição ele repetirá: “bem-aventurados os que fazem o carnaval, os que não fogem nem se recolhem, mas enfrentam as noites bárbaras e acesas, bem-aventurados os gladiadores e Césares e chiquitas e baianas, e que a vida depois lhes seja leve na volta do sonho em que se esbaldam!”

Autor do Enredo:
Anclebio Júnior - anclebiojr@gmail.com

Confira o samba vencedor do concurso de 2013.

Enredo da Novo Império - Carnaval 2013



O Fim do Mundo

"... O relógio marcava exatamente 00h01min do dia 21 de Dezembro de 2012.
De repente a cidade foi invadida por mortos-vivos que devoravam ferozmente o coração dos vivos, que consequentemente, levantavam em poucos segundos e partiam para o mesmo feito. O cenário era terrível, mas muito ainda iria ocorrer.
Grandes terremotos sacudiam a cidade e o desespero era total. Chuvas torrenciais inundavam e carregavam tudo que viam pela frente, ao mesmo tempo em labaredas de fogo queimavam coisas e ardiam corpos. Ondas gigantescas derrubavam os mais resistentes e os mais altos dos prédios, e a cidade desaparecia em meio a escombros, poeira e desespero.
Embarcações à deriva afundavam, aviões despencavam dos céus, carros e trens eram banidos por trombas de água. O caos estava instalado. Os que sobreviveram a esta enorme catástrofe preferiam a morte. A falta de água, de alimento, doenças que se espelhavam entre a pequena população de desgraçados, além do calor que o sol irradiava na Terra, que era insuportável. As pestes se alastravam, o desespero era incontrolável e o fim não tardou. A vida se extinguiu da face da Terra. Este seria o fim do mundo, em 21 de dezembro de 2012, traçado por estudiosos místicos de acordo com o Calendário Maia. O texto mencionado baseia-se nas profecias de Nostradamus e nas passagens do Livro Apocalipse, do apóstolo João. Mas, felizmente, mais uma vez as profecias falharam e estamos aqui em mais um carnaval. Em nenhum momento os Maias citaram o fim do mundo para esta data. Para eles, seria o fim de um ciclo e o início de outro.
É hora de iniciarmos esse novo ciclo e respeitar nosso Planeta, de pensar na humanidade.
É hora de iniciarmos esse novo ciclo e respeitar nosso Planeta, de pensar na humanidade e nos sentirmos irmãos. Devemos, sim, acabar com o mundo da violência, o mundo das drogas, do desrespeito ao próximo e da corrupção. Vamos combater a fome e as enfermidades.
Vamos unir os povos em um ambiente de paz e fraternidade, preservando a natureza e respeitando a Terra em que vivemos. Vamos educar nossas crianças para que cuidem com carinho de nosso planeta, para que não pratiquem os mesmos erros das suas gerações antecessoras. Assim, preservaremos a vida, o maior milagre do Criador.
Nossa bateria vai fazer tremer o chão; um tsunami de alegria vai invadir seu coração e, o Novo Império, vai arrasar no Sambão. Com fé em um futuro melhor, vamos sambar no ritmo de Carmen Miranda, com
"E o mundo não se acabou" e agradecer a Ele a existência de cada um de nossos irmãos. Vamos botar nossa Escola na rua...
...E que o mundo se acabe em samba!

1° Setor: Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar.
2° Setor: E o mundo não se acabou...

GRES Novo Império
Presidente: Tim Santos
Vice Presidente: Cosme Mattos
Carnavalesco: Roberto de Oliveira


Aprenda a cantar o samba escolhido para o Carnaval 2013:


Enredo da MUG - Carnaval 2013

Oui, Voilá La France!
Mocidade Singra os Mares de Dunquerque. Merci Beaucoup!

França, requinte do mundo.
Os fogos iluminam a noite de Versalhes.
Dos suntuosos jardins, flores que não se encontram em lugar algum
Do luxuoso palácio, a Galeria dos Espelhos
Dos bailes regados a champanhe, orgulho, luxo e poder
Marco de uma história triunfal, Louis XIV  brinda Dunkerque
Todo bordado em ouro, brilhante como o Rei  Sol!
Vive La France!


Entre Reis e Rainhas, Duques e Duquesas,
O Leão da Glória, grande anfitrião desta festa, ruge em alto mar:
Dunkerque será o mais belo lugar do mundo
Brilhará como os espelhos do “Palais du Soleil”.
Onde marinheiros são pássaros de passagem
Libertinos e ocidentais.

Ao singrar mares gelados, sob a sorte e o alento,
Chega-se a Dunkerque, eternizada pela luta de seu povo contra a ambição.
Nos olhos, a ganância de coroas espanhola, holandesa e inglesa,
Invasoras em busca de seus variados tesouros.
Nos mastros, dezenas de velas
Transformam suas fortificações em teatro de lutas e glórias.

Os Dunkerquois ancoram seus navios à beira mar;
No orgulho de manter erguido o “Grande Patrimônio”.
No espírito de sobrevivência, seu nome se edifica.
A Igreja nas Dunas desperta “forças”

Mergulhando em águas azuladas e misteriosas do seu Porto;
Dunkerquois guardam dificuldades em seus corações
Em tempos difíceis,
O maior tesouro reluz como pérola negra da mais alta nobreza

Telefone, cinema, bicicleta, automóvel e avião.
Novidades que saem do baú da Belle Époque
Também tem art nouveau (nova arte),
Suas cores vivas e curvas sinuosas
Listras desfilam pela praia.
Há novos aromas no ar, inspirando os prazeres dos banhos.
A cultura do divertimento envolve a ilha maloína

Após tempestades e guerras mundiais,
Finalmente reina a paz.
As portas se abrem para novos horizontes,
O progresso chega pelo porto
Mas chega de maneira especial, à francesa,
À moda Dunkerque de ser!

O território é redescoberto em encantos e mistérios de águas e dunas
Na ancestral sabedoria de seus pescadores
No azul e branco do manto sagrado de sua gente
Bem inestimável que pirata algum foi capaz de pilhar

Dunkerquois, avante sob a luz do Criador;
Herói presenteado por Deus
Tua alma purificada, quero preservar.
Homens arriscam suas vidas.
Nas águas sombrias no alto mar da Islândia,

A coragem dos pescadores e a força de um povo que se uniu
Cruzando as fronteiras do oceano da França,
Mãe amada, ciumenta e orgulhosa
Defenderemos sua bandeira sagrada;
Gritaremos sua Glória e seu nome para sempre será imortal;

Viva o grande “Jean Bart”
Corsário, capitão e almirante
O herói de alma altiva.
Enobrecido pelo Rei Sol
Entra na história ao salvar a França Mãe,

Homem que com sua única razão de viver era ser vencedor;
E sem rivais, donimou os mares;
No oceano utilizado como campo de honra;
Torna-se pai de todas as gerações dos dunkerquois;

A cidade é tomada pela magia do carnaval.
Mon amour, pour toute la vie! (meu amor por toda a vida!)
Encontro de amigos, movimento, solidariedade, imaginação e frenesi.
Todos se tornam grandes atores no palco da folia.

Abram alas,
Estamos tomados pela envolvente festa de momo,
Reunidos na Nau Alegria.
Nesta noite somos todos Dunkerquois
Filhos da liberdade, igualdade e fraternidade
Filhos da França -
Chérie.
Os mantos se entrelaçam,
Ao vestir a fantasia, sonhar, cantar, dançar.
Despertando a força do maior herói de sua história.
Num espetáculo de flores, confetes, serpentinas e maquiagens,

Espalhados por ruas e salões,
Mascarados franceses são trazidos pela força dos ventos.
E no majestoso cenário do carnaval capixaba,
Mocidade Unida da Glória e Dunkerque brindam à folia!
Vive la France! Viva o Brasil!
Merci Beaucoup.


Elaboração da Sinopse:
Petterson Loiz Alves – Carnavalesco
Luciene Araújo – Assessoria de Imprensa
Leonardo Soares – Departamento de Pesquisa
Com a colaboração e o apoio da Comunidade urbana de Dunkerque. Direção
Estratégias, Parcerias, Europa
e Internacional.

Aprenda o Samba Oficial da MUG, escolhido no dia 19 de Agosto.