Ao que tudo indica, a Mocidade Alegre
de Olaria irá levar os antigos carnavais da agremiação para a Avenida, em 2018.
De acordo com os burburinhos dos
bastidores, a Escola de Samba deverá fazer uma releitura dos desfiles que mais
marcaram a cidade ao longo de seus 39 anos de existência.
A Mocidade Alegre de Olaria foi
fundada no dia 23 de abril de 1979, ano em que se comemora o avanço da
democracia no país. Foi em 1979 que o então Presidente João Batista Figueiredo
teve a difícil e árdua tarefa de fazer a transição do regime militar para a
democracia. Neste mesmo ano, em agosto, foi aprovada a Lei da Anistia, que
começou na segunda metade da década de 70 reunindo entidades do movimento
estudantil e sindical, organizações populares, OAB, ABI e Igreja. E,
neste ano de 1979, a comunidade do bairro Olaria deu o ponta-pé inicial
para a evolução do samba em nosso Município.
No dia 23 de abril, dia de São Jorge,
um grupo de foliões reuniu-se no salão do Restaurante Caseiro Dona Ilda, no
bairro Olaria. O propósito dos foliões era criar uma nova agremiação
carnavalesca. Até então, a única agremiação organizada era o famoso BAP (Bloco
Amigos do Pedrinho) e grande parte dos foliões reunidos no
Restaurante pertencia a este bloco.
Os foliões reunidos no Restaurante da
Dona Ilda acertaram os detalhes da nova agremiação carnavalesca e, ao final da
reunião, estava fundado o Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Alegre de
Olaria, tendo como símbolo o "pandeiro", e as cores do pavilhão:
"azul" e "branco".
Entre os fundadores estavam Pedro Ribeiro, Benedito Ribeiro, Ricardo Ribeiro, Jailson Simões, Adenilson Castro, Roberto Simões, Edson Germano, Diná Simões, e outros. A nova agremiação foi batizada pela
Escola de Samba Portela, do Rio de Janeiro.
Em seu primeiro desfile, no carnaval de 1980, a Mocidade Alegre apresentou na
avenida um tema livre, cujo samba-enredo de autoria de Silva do Pandeiro
expressava em sua letra o fascinante universo do carnaval. Já no ano seguinte,
a Escola homenageou o Padre José de Anchieta.
Em 1983, a Mocidade conquistou o seu
primeiro título de campeã, apresentando o samba-enredo "Hoje é o Dia da
Sorte", de Carlos Otávio Ferreira (Tavinho).
O segundo título veio no ano seguinte
com o enredo “Bahia, Sublime Força dos Orixás”, cujo autor do samba foi Lili do
Banjo.
Mas, foi no ano de 1986 que a Escola
levou para a avenida o enredo cujo samba se tornaria uma espécie de Hino da
Escola. Com samba de autoria de Jorge Trindade, a Mocidade desfilou sob o
enredo “Levanta, Sacode a Poeira e dá a Volta por Cima” e a Escola
ganhou o seu terceiro título de campeã.
Em 1987, a Mocidade Alegre de Olaria
fez uma homenagem a Pedro Caetano, com o samba "É Com Esse Que Eu
Vou", de autoria de Edson Germano.
Apesar da preocupação
da comunidade em apresentar um carnaval cada vez mais profissional e
aprimorado, os desfiles ocorridos entre os anos 1994 e 2000 não tiveram
competição oficial.
Em 2001 a competição retornou e a Mocidade conquistou seu quarto título.
A escola de Olaria venceu a Juventude de Muquiçaba e as duas se tornam as
únicas escolas de samba em atividade no município.
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