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9 de setembro de 2017

Mocidade Alegre de Olaria Trará os Antigos Carnavais em 2018

Ao que tudo indica, a Mocidade Alegre de Olaria irá levar os antigos carnavais da agremiação para a Avenida, em 2018.
De acordo com os burburinhos dos bastidores, a Escola de Samba deverá fazer uma releitura dos desfiles que mais marcaram a cidade ao longo de seus 39 anos de existência.
A Mocidade Alegre de Olaria foi fundada no dia 23 de abril de 1979, ano em que se comemora o avanço da democracia no país. Foi em 1979 que o então Presidente João Batista Figueiredo teve a difícil e árdua tarefa de fazer a transição do regime militar para a democracia. Neste mesmo ano, em agosto, foi aprovada a Lei da Anistia, que começou na segunda metade da década de 70 reunindo entidades do movimento estudantil e sindical, organizações populares, OAB, ABI e Igreja. E, neste ano de 1979, a comunidade do bairro Olaria deu o ponta-pé inicial para a evolução do samba em nosso Município.
No dia 23 de abril, dia de São Jorge, um grupo de foliões reuniu-se no salão do Restaurante Caseiro Dona Ilda, no bairro Olaria. O propósito dos foliões era criar uma nova agremiação carnavalesca. Até então, a única agremiação organizada era o famoso BAP (Bloco Amigos do Pedrinho) e grande parte dos foliões reunidos no Restaurante pertencia a este bloco.
Os foliões reunidos no Restaurante da Dona Ilda acertaram os detalhes da nova agremiação carnavalesca e, ao final da reunião, estava fundado o Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Alegre de Olaria, tendo como símbolo o "pandeiro", e as cores do pavilhão: "azul" e "branco".
Entre os fundadores estavam Pedro Ribeiro, Benedito Ribeiro, Ricardo Ribeiro, Jailson Simões, Adenilson Castro, Roberto Simões, Edson Germano, Diná Simões, e outros. A nova agremiação foi batizada pela Escola de Samba Portela, do Rio de Janeiro.
Em seu primeiro desfile, no carnaval de 1980, a Mocidade Alegre apresentou na avenida um tema livre, cujo samba-enredo de autoria de Silva do Pandeiro expressava em sua letra o fascinante universo do carnaval. Já no ano seguinte, a Escola homenageou o Padre José de Anchieta.
Em 1983, a Mocidade conquistou o seu primeiro título de campeã, apresentando o samba-enredo "Hoje é o Dia da Sorte", de Carlos Otávio Ferreira (Tavinho).
O segundo título veio no ano seguinte com o enredo “Bahia, Sublime Força dos Orixás”, cujo autor do samba foi Lili do Banjo.
Mas, foi no ano de 1986 que a Escola levou para a avenida o enredo cujo samba se tornaria uma espécie de Hino da Escola. Com samba de autoria de Jorge Trindade, a Mocidade desfilou sob o enredo “Levanta, Sacode a Poeira e dá a Volta por Cima” e a Escola ganhou o seu terceiro título de campeã.
Em 1987, a Mocidade Alegre de Olaria fez uma homenagem a Pedro Caetano, com o samba "É Com Esse Que Eu Vou", de autoria de Edson Germano.
Apesar da preocupação da comunidade em apresentar um carnaval cada vez mais profissional e aprimorado, os desfiles ocorridos entre os anos 1994 e 2000 não tiveram competição oficial.
Em 2001 a competição retornou e a Mocidade conquistou seu quarto título. A escola de Olaria venceu a Juventude de Muquiçaba e as duas se tornam as únicas escolas de samba em atividade no município.

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